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05/07/2017
Brasil se aproxima de padrão positivo de combate à tuberculose, mostra relatório
O Brasil está mais próximo do padrão positivo de políticas no combate à tuberculose. Essa é uma das conclusões da terceira edição do relatório Out of Step – Descompasso, em português –, divulgada nesta quarta-feira, 5 de julho, pela organização médico-humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) e a Stop TB Partnership. O documento destaca a necessidade de os governos aumentarem os esforços de combate à tuberculose que, em 2015, matou 1,8 milhão de pessoas no mundo.
De acordo com o documento, dos 29 países que correspondem a 82% da carga global de tuberculose, ou seja, que apresentam o maior número de casos da doença proporcionalmente à população, o Brasil está mais próximo do padrão positivo. Isso significa que o país está mais de acordo com as recomendações internacionais, adotando ou tentando implementar políticas sugeridas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e mostrando avanço nas melhores práticas.
O trabalho mostra ainda que apenas sete países - Armênia, Belarus, Brasil, Geórgia, África do Sul, Suazilândia e Zimbábue - avançaram no sentido de usar as ferramentas mais modernas e eficientes de diagnóstico disponíveis atualmente, que incluem o teste molecular rápido Xpert MTB/RIF.
Tratamento
O relatório revela também que apenas 13 dos 29 países analisados, ou 45% do total, tornaram disponíveis tratamentos mais curtos para os pacientes. De acordo com o trabalho, o tratamento da tuberculose resistente que, em alguns casos, exige que o paciente tome 15 mil comprimidos em dois anos, pode reduzir esse período para nove meses, facilitando assim que essas pessoas retomem sua vida normal mais rapidamente.
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) destaca a complexidade e a importância de acompanhar essa doença infecciosa, contagiosa, que afeta 14 milhões de pessoas em todo o mundo.
Neste contexto, o Ministério da Saúde - acompanhando a evolução diagnóstica, preventiva e curativa - propôs uma reestruturação na rede de assistência ambulatorial nos Municípios. No qual todas as equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF) atualmente devem integrar a rede no atendimento aos pacientes com suspeita da doença, por meio da avaliação de sintomas respiratórios - possíveis portadores da doença-, baciloscopia de escarro para diagnóstico da doença e tratamento para pacientes com Bacilos Álcool-Ácido Resistentes (BAAR) positivo.
A CNM reforça que a ocorrência da tuberculose expõe a necessidade de uma abordagem comum de diversos profissionais de saúde, basicamente gerando a descentralização do atendimento e consequentemente com o fortalecimento da atenção básica.
Por isso, a CNM recomenda que os gestores municipais disponham de profissionais capacitados para o atendimento da população, fomentar a estruturação de ações em rede que integre todos os profissionais dos serviços das Unidades Básicas de Saúde, resultando na diminuição e no controle da doença.
Agência CNM, com informações da Agência Brasil