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07/08/2012
Brasil envia 9 mil homens à fronteira com Paraguai, Uruguai e Argentina
O ministro da Defesa, Celso Amorim adianta que o objetivo principal é o de repressão à criminalidade. A Marinha enviou aproximadamente 30 embarcações para os rios da Bacia do Prata, entre elas três navios de guerra e um navio-hospital. A Força Aérea Brasileira (FAB) participa da operação com esquadrões de caças F5 e Super Tucano, além de aviões-radar e veículos aéreos não tripulados. O Exército mobilizou infantaria e blindados Urutu e Cascavel de três divisões. As três Forças usam ainda helicópteros Black Hawk e Pantera, para transporte de tropas e missões de ataque.
A Operação Ágata 5 conta também com o apoio de 30 agências governamentais, entre elas a Polícia Federal, o que elevaré o efetivo total para cerca de 10 mil homens. O general Carlos Bolivar Goellner, comandante militar do Sul, disse que a área crítica de patrulhamento é entre as cidades de Foz do Iguaçu, no Paraná, e Corumbá, em Mato Grosso do Sul, onde é maior incidência de tráfico de drogas e contrabando. Segundo ele, as fronteiras serão fortemente guarnecidas e como consequência o tráfico de drogas e o contrabando devem ser "sufocados".
O ministro da Defesa, Celso Amorim, adianta que todos os países da região estão a par das operações. "Todos os Estados vizinhos foram previamente avisados, informados, e convidados a enviar observadores para a operação”, esclarece. Pelos dados do governo, houve quatro edições da operação em diversas regiões de fronteira. Amorim lembrou que, em operações anteriores, a Venezuela e a Colômbia cooperaram com os brasileiros, fazendo ação semelhante de seu lado da fronteira.
Nas quatro primeiras operações, foram apreendidas mais de 2,3 toneladas de drogas, 302 embarcações irregulares e 59 armas. As Forças Armadas também dinamitaram quatro pistas de pouso clandestinas e fecharam oito garimpos e cinco madeireiras ilegais. Também foram realizados 19 mil atendimentos médicos e 21 mil odontológicos para populações isoladas ou carentes.