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15/01/2008

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Brasil e Cuba desenvolverão juntos medicamento para tratar Hepatite C

Agência CNM


Com base em parceria bem-sucedida entre Bio-Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz, e instituições cubanas, será firmada nova aliança entre os dois países para o desenvolvimento conjunto do Interferon Alfa 2B Humano Recombinante Peguilado, medicamento utilizado no tratamento da Hepatite C. A medida integra o Termo de Ajuste Complementar ao Acordo de Cooperação Cultural e Educacional Brasil-Cuba, assinado ontem, 14 de janeiro, pelos dois países durante visita oficial do presidente Luís Inácio Lula da Silva a Cuba.

 

O acordo traz uma série de vantagens para o Brasil, sobretudo financeiras. Segundo dados do Banco de Preços do Ministério da Saúde, o menor preço das últimas importações do medicamento pelas secretarias estaduais de Saúde é o praticado pela de São Paulo, de R$ 520 reais o frasco (apresentação 80mcg). Com o início da produção em Bio-Manguinhos, o preço máximo será de R$ 300 por frasco, decaindo ao longo dos próximos nove anos até alcançar R$ 180. 

 

Outra vantagem é que, a partir da nacionalização dos produtos, o Ministério da Saúde terá condições de ampliar seu campo de atuação e garantir o acesso a esses insumos estratégicos. A aquisição de tecnologia de produção de biofármacos recombinantes por uma entidade pública permitirá a autonomia do Brasil na produção destinada ao Sistema Único de Saúde (SUS). Com essa parceria, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) passará a ser a única instituição da América do Sul a deter a tecnologia de peguilação. Isso permitirá o desenvolvimento de novas moléculas terapêuticas conjugadas, viabilizando a permanência do país nesse mercado.

 

O Ministério da Saúde firmará também parceria pela qual a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Centro Estatal de Controle de Medicamentos de Cuba farão inspeções conjuntas de laboratórios produtores de vacinas e biotecnológicos. Outra parceria importante firmada em Havana prevê o fortalecimento das assessorias internacionais de Saúde de Cuba e do Brasil. Haverá intercâmbios entre integrantes das duas entidades, que vão trocar experiências sobre o trabalho desenvolvido em cada país.

 

Com informações do MS


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