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27/03/2015
Brasil deve ser o único país a não eliminar hanseníase até o fim de 2015
Apesar da evolução no combate à hanseníase, o Brasil não deve alcançar a meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) de eliminar a doença até o fim deste ano. A enfermidade, que já foi epidêmica e levou ao isolamento milhares de pessoas no século passado, teve 24.612 novos casos detectados em 2014, de acordo com dados preliminares do Ministério da Saúde. Com estes dados, o Brasil se torna o país que mais registra novos casos no mundo, e o único a não conseguir eliminar a doença, segundo o Movimento de reintegração das pessoas atingidas pela hanseníase (Morhan). Apenas no Distrito Federal e em outras oito unidade da Federação, as metas estabelecidas pela OMS foram alcançadas.
O órgão considera em processo de eliminação as doenças que atingem menos de um a cada 10 mil habitantes. No Brasil, esta taxa esteve em constante queda de 2004, quando o número de infectados era de 2,8 a cada 10 mil, até 2013, quando passou para 1,4. No entanto, se confirmados os dados de 2014, o valor terá aumentado para 1,56. “
Apesar do aumento proporcional no total de brasileiros infectados em 2015, as ocorrências inéditas vêm diminuindo nos últimos 13 anos. A redução também foi verificada no ano passado, quando, de acordo com o ministério, o registro caiu de 31.044, em 2013, para 24.612, em 2014. O aumento de brasileiros com a doença seria consequência, segundo a pasta, do crescimento da quantidade de enfermos em tratamento — que subiu de 28.485 para 31.568 no período — e de uma política ativa na busca por novos casos.
Da Agência CNM com informação do Correio Braziliense