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01/07/2014

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Brasil ainda tem problemas com a mortalidade materna e a infantil, indica OMS

Ag. SenadoO Brasil ainda está entre os países que menos reduziram a mortalidade materna, segundo relatório coordenado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Dados divulgados nesta segunda-feira, 30 junho, também indicam que cerca de 64% das mortes de crianças brasileiras abaixo de cinco anos ocorrem ainda no primeiro mês de vida. As informações foram anunciadas durante o Fórum da Parceria para a Saúde Materna, de Recém-Nascidos e Crianças (PMNCH), em Johannesburgo, na África do Sul. 

O relatório aponta: entre 75 nações analisadas, o Brasil foi a quarta que menos reduziu o índice. Isso, com base na análise das taxas entre 2000 e 2013 de 75 países participantes do Objetivos do Milênio. No período, o país teve redução média de apenas 1,7% na taxa anual, e a marca média de todo o grupo foi de 3,1% ao ano. 

Em 2013, a taxa de mulheres que morreram na gestação, no parto ou em decorrência de suas complicações foi equivalente a 69 a cada 100 mil nascimentos. Isso representa quase o dobro da meta assumida nos Objetivos do Milênio - chegar em 2015 com, no máximo, 35 mortes a cada 100 mil nascimentos. O Brasil já assumiu que não vai conseguir atingir a marca. 

Para mudar essa realidade, alguns aspectos fundamentais foram listados no relatório. Entre eles estão: a melhoria do acesso a métodos contraceptivos, fundamentais para garantir o planejamento familiar; a garantia da assistência, feita com profissionais preparados e equipados adequadamente, tanto na gestação quanto nas fases pré e pós-parto; a redução de índices de doenças como diarreia e pneumonia; e o combate a altos índices de desnutrição.

Registros
Em relação a mortes de crianças, o país tem o maior porcentual registrado, na comparação feita entre os 75 países analisados pelo estudo Parceria para a Saúde Materna, de Recém-Nascidos e Crianças.  Cerca de 64% das mortes de menores de até cinco anos ocorrem ainda no primeiro mês de vida, aponta o relatório. 

No mundo, todos os anos, cerca de 2,9 milhões de crianças morrem antes de completar um mês e 2,6 milhões morrem ainda nos primeiros três meses de gestação ou durante o parto. Diante dessa tendência, organismos internacionais iniciam uma nova frente de batalha para tentar reduzir as mortes, que em sua maioria podem ser evitáveis. 

Pref. Botucatu (SP)Metas
Um programa – Plano de Ação para Todo recém-nascido (Enap, na sigla em inglês) – foi mencionado durante o encontro. Ele prevê duas metas primordiais, e prazo de até 2035 para alcançá-las. São elas: reduzir os índices de mortalidade neonatal para no máximo 10 por cada mil nascidos vivos e reduzir o número de mortes ao nascer para até 10 casos a cada 10 mil partos. 

Para que as medidas sejam colocadas em prática, um plano de 40 financiamentos deve ser anunciado ainda durante o Fórum do PMNCH. A estimativa é a de que um acréscimo no orçamento equivalente a US$ 1,15 por habitante dos 75 países considerados prioritários, poderia prevenir 3 milhões de mortes de crianças e bebês. 

Da Agência CNM, com informações do Estadão

 

 


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