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17/12/2015
Boletim atualiza dados sobre casos de zika no País
O mais recente boletim epidemiológico sobre os novos casos de microcefalia, relacionados à infecção pelo zika vírus aponta que até o dia 12 de dezembro foram registrados 2.401 casos da doença e 29 óbitos no Brasil. Os casos estão distribuídos em 549 Municípios de 20 Estados. Os números foram divulgados pelo Ministério da Saúde na terça-feira, 15 de dezembro.
O boletim detalha, pela primeira vez, os casos confirmados e descartados em relação à zika. Do total de suspeitos notificados, foram confirmados 134 e 102 foram descartados. Continuam em investigação 2.165 casos. Foi confirmado um óbito relacionado à doença e descartadas duas mortes. Outros 26 óbitos permanecem em investigação.
O informe traz ainda os seis novos Estados - Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, São Paulo e Rio Grande do Sul - que notificaram casos suspeitos. Equipes técnicas de investigação de campo do Ministério da Saúde estão trabalhando nos Estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe e Ceará.
Teste
A circulação do zika vírus é confirmada por meio de teste PCR, com a tecnologia de biologia molecular. Um total de 18 laboratórios já está capacitado para fazer o diagnóstico. O teste de confirmação deve ser feito, de preferência, nos primeiros cinco dias de manifestação dos sintomas. Vale ressaltar que o zika vírus é de difícil detecção, já que cerca de 80% dos casos infectados não manifestam sinais ou sintomas.
O Ministério da Saúde estuda, junto a especialistas e gestores de saúde, um novo modelo de notificação. Este novo modelo faz parte dos estudos que envolvem o zika vírus, uma doença nova que chegou ao Brasil em maio deste ano.
Protocolo
Além do protocolo emergencial de vigilância e resposta aos casos de microcefalia relacionados à infecção pelo zika vírus, o Ministério da Saúde lançou, na segunda-feira, 14, o Protocolo de Atenção à Saúde e Resposta à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika. O documento orienta o atendimento desde o pré-natal até o desenvolvimento da criança com microcefalia, em todo o País.
O protocolo aponta as ações de atenção às mulheres em idade fértil, gestantes e puérperas, submetidas ao zika vírus, e aos nascidos com microcefalia. Este plano recomenda, ainda, as diretrizes para o planejamento reprodutivo, a detecção e notificação de quadros sugestivos de microcefalia e a reabilitação das crianças acometidas pela malformação congênita.
Equipes de saúde
O documenta reforça o papel das equipes de saúde na oferta de métodos contraceptivos e na orientação de mulheres em idade fértil e casais que desejam engravidar, especialmente sobre os cuidados necessários para evitar infecção pelo zika vírus durante a gravidez. As equipes também terão de intensificar a busca ativa de gestantes para o início oportuno do pré-natal e acompanhar o desenvolvimento dos nascidos com microcefalia.
Outro destaque do protocolo é a ampliação do acesso aos testes rápidos de gravidez. O Ministério da Saúde estima que serão investidos entre R$ 5 milhões e R$ 6 milhões para que os testes estejam disponíveis em todas as unidades da Atenção Básica do País.
Veja aqui o Protocolo de Combate ao mosquito Aedes Aegypti
Agência CNM, com informações do Ministério da Saúde