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12/03/2012
Biocombustíveis devem gerar mais de 12 mil empregos em Municípios gaúchos
Seis usinas de biocombustíveis serão instaladas nos Municípios gaúchos de Santo Antônio da Patrulha, Dom Pedrito, Itaqui, Capão do Leão e Cachoeira do Sul. Os investimentos devem gerar mais de 12 mil empregos. Serão investidos mais de R$ 120 milhões na região, que prometem revolucionar o uso do arroz produzido nas lavouras gaúchas. Os grãos descartados pelo mercado serão utilizados para produção de etanol. De cerca de sete milhões de toneladas colhidas no Rio Grande do Sul a cada ano, 14% são descartados.
O projeto tem adesão da Embrapa Clima Temperado, com sede em Pelotas, do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) e da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz). Uma comissão especial foi criada na Câmara Setorial de Agroenergia, onde estão sendo realizados estudos de viabilidade técnica e econômica do negócio. A prioridade da produção do Rio Grande do Sul permanecerá direcionada ao consumo humano.
Santo Antonio da Patrulha foi um dos contemplados pelo projeto, pois produz mais de 104 mil toneladas de arroz por ano. O Município que está no mapa da produção de etanol a partir da cana de açúcar agora também vai produzir etanol a partir do arroz. “Vamos disponibilizar uma área de 40 hectares para a Usina e serão injetados na economia do Município cerca de R$ 20 milhões e isso com certeza vai atrair mais investidores”, revela o prefeito Daiçon Maciel.
Injeção de investimentos
Maciel acredita que a Usina vai gerar mais de dois mil empregos no Município. Santo Antonio da Patrulha tem atualmente uma média de 40 mil habitantes. “O Município vai ter uma melhora significativa na arrecadação de Imposto sobre Serviço (ISS), e depois no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)”, adianta.
A usina, que deve produzir cerca de 300 mil litros de etanol por dia, vai usar os rejeitos do arroz para produzir ração animal. Serão cerca de 240 toneladas por dia de ração animal. “O biocombustivel não é poluente, prezamos pelo nosso equilíbrio ecológico. Além disso, a ração de arroz é uma alternativa mais barata para os criadores. A de milho está muito cara”, avalia Maciel.