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25/03/2003
Funasa alerta municípios sobre pneumonia atípica
Agência CNM
A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) alerta municípios e estados para redobrar a atenção para identificar possíveis casos de pneumonia atípica no Brasil. Trata-se de uma ação integrada do Governo Federal para prevenir um novo tipo de doença respiratória aguda surgido principalmente no sudeste asiático.
Um informe da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado na semana passada, dá conta de 264 casos suspeitos da síndrome na China, Hong Kong, Vietnam, Tailândia, Cingapura, Filipinas, Indonésia e Canadá, com nove mortes. Há duas semanas, a Funasa repassou o informe a todas as secretarias estaduais de Saúde, que foram incumbidas por repassar o informe às prefeituras.
Leia a seguir a notícia publicada hoje na página do Ministério da Saúde:
O Ministério da Saúde, por intermédio da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), alertou as secretarias estaduais e municipais de Saúde para a necessidade de adoção de medidas que identifiquem precocemente qualquer caso suspeito de pneumonia atípica no Brasil. A ação do governo brasileiro decorre de um informe da Organização Mundial de Saúde (OMS), divulgado na última semana, sobre surtos de um tipo de doença respiratória aguda, com características de pneumonia atípica.
Os primeiros registros da Síndrome Respiratória Aguda Severa (SRAS) ocorreram a partir do dia 16 de fevereiro. Até a presente data, a OMS informa o registro de 264 casos suspeitos e prováveis da síndrome na China, Hong Kong, Vietnam, Tailândia, Singapura, Filipinas, Indonésia e Canadá, com nove óbitos. No Brasil não há casos da doença, nem ocorrência de caso suspeito.
O Centro Nacional de Epidemiologia (Cenepi) da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) distribuiu uma nota técnica para todas as secretarias estaduais de saúde alertando sobre os riscos da doença e orientando os profissionais de saúde a permanecerem atentos ao surgimento de casos com os sintomas identificados em países da Ásia e no Canadá.
Os sintomas da doença são febre elevada (acima de 38ºC), acompanhada de uma ou mais das seguintes situações: tosse, fadiga, dificuldade para respirar, contato íntimo com pacientes com SRAS e viagem recente (nos últimos 10 dias) para as zonas afetadas.
As autoridades de saúde do Brasil vêm recebendo informações sobre a situação da doença por intermédio da OMS. O órgão está monitorando o surgimento de novos casos e acompanhando a evolução do quadro dos doentes.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também foi acionada para divulgar alertas nos principais aeroportos do país, que recebem vôos procedentes das regiões com ocorrência de SRAS para que os passageiros que apresentem sintomas suspeitos da doença procurem imediatamente os serviços de saúde.
Não se sabe ainda o agente etiológico da síndrome, mas a forma de transmissão mais provável é a direta, em pessoas que tiveram contato íntimo com os pacientes. A resposta aos antibióticos e aos antivirais não tem sido satisfatória e os casos estão concentrados em adultos, incluindo pessoas de equipes médicas que prestaram assistência a alguns pacientes. Os pacientes com suspeita da doença devem ser submetidos a isolamento respiratório e barreiras respiratórias estritas devem ser estabelecidas para os trabalhadores das equipes de assistência médica. Já se encontra no site da Funasa (www.funasa.gov.br) uma nota técnica do Cenepi com informações atualizadas sobre a doença.
Apesar de não haver caso suspeito registrado até o momento no Brasil, a Funasa reitera a necessidade de manutenção do estado de alerta em toda a rede de vigilância epidemiológica do Sistema Único de Saúde (SUS), a fim de que se possa detectar precocemente qualquer caso suspeito, bem como os aumentos inusitados dos atendimentos por infecção respiratória, em particular na rede hospitalar.
Qualquer suspeita deve ser notificada imediatamente ao Cenepi, pelo telefone (61) 314-6533, pelo e-mail gripe@funasa.gov.br ou pelo fax (61) 226-6682.
Fonte: Ministério da Saúde