Bate-Papo com a CNM traz a Carta Brasileira de Cidades Inteligentes na transformação dos Municípios

A temática sobre as Cidades Inteligentes vem sendo cada vez mais abordada pelos mais de cinco mil Municípios no país. Governos locais e universidades já promovem diversas ações sobre o assunto e, para orientar os gestores municipais, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) promoveu na manhã desta sexta-feira, 11 de junho, o Bate-Papo com a CNM, quando foram apresentadas as diretrizes da Carta Brasileira para Cidades Inteligentes para a transformação do seu Município.

O pesquisador na área de Cidades Inteligentes e coordenador de desenvolvimento de projetos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Érico Przeybilovicz, apresentou a Carta Brasileira para Cidades Inteligentes. O Documento começou a ser produzido em 2019, com a participação de vários setores da sociedade e que criaram um conceito de cidades inteligentes que trazem a diversidade de olhares. “A Carta expressa uma agenda pública para a transformação digital de cidades. Uma inovação que trouxemos é que não falamos apenas de tecnologia, mas pensamos também nos pequenos Municípios, que estão mais distantes e afastados dos grandes centros, e que precisam de outras ações para ter acesso a uma conectividade”, disse.

O documento reforça diretrizes e princípios e conta com oito objetivos estratégicos. “Este possui 163 recomendações de ações e funciona como se fosse um check list. O prefeito que está na ponta tem este documento que serve de consulta para elaborar seus próprios planos e para pensar em que cidade ele quer a partir do seu próprio contexto, já que cada localidade tem uma realidade diferente”, reforça Érico.

Pensando nas diversas realidades, os Municípios têm muitos desafios a serem enfrentados pelos gestores locais. Para tanto, a analista técnica da área de Trânsito e Mobilidade da CNM, Luma Costa, reforçou que não é só implementar a tecnologia constante na Carta, mas analisar as políticas setoriais de todo o Município. “A tecnologia está dentro da Saúde, da Mobilidade e de outras áreas. O gestor deve analisar como ele pode, enquanto gestor, ter a visão desta base e os impactos sistêmicos para que os problemas da cidade possam ser levantados numa espécie de diagnóstico para que haja uma visualização das desigualdades”, lembra.

Para tanto, o líder local deve proceder um planejamento, observando como está a situação da localidade no momento e onde ele deseja chegar futuramente. “Conhecer todas as áreas da gestão municipal é um passo para iniciar a integração que vai até trazer uma otimização na gestão. Se eu tenho uma central onde eu consigo cruzar os dados de políticas públicas, eu também posso otimizar os recursos e priorizando melhor estes recursos”, enaltece Luma.

Captação de recursos
A CNM disponibiliza uma ferramenta importante para auxiliar os gestores municipais na captação de recursos com vista a alcançar os objetivos da Carta para Municípios Inteligentes. A Plataforma Êxitos, constante no conteúdo exclusivo da CNM, foi apresentada pela supervisora do Núcleo de Governança Municipal, Fabiana Santana. “A plataforma concentra mais de 22 mil oportunidades de captação de recursos, seja por emendas, programas ou até mesmo oportunidades de organismos internacionais. Os gestores podem fazer, ainda, o cadastro de acordo com a área de atuação”, disse.

Na ferramenta, o gestor consegue fazer um filtro e receber notificações de acordo com o perfil da localidade. Além disso, ele consegue acompanhar as Emendas Parlamentares, que é uma outra opção para a gestão local. “Agora temos também a modalidade da emenda especial em que o parlamentar destina o recurso para investimento ou custeio, mas o gestor fica livre para utilizar o recurso dentro destas duas situações. Em 2020, foram 1.700 Municípios beneficiados”, completa Fabiana.

Confira como foi o Bate-Papo com a CNM:

Por: Lívia Villela
Da Agência CNM de Notícias