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26/10/2020
Bate-Papo com a CNM apresenta desafios e ações educacionais durante a pandemia
Os desafios e as ações educacionais dos Municípios durante a pandemia foram tema do Bate-Papo com a CNM desta sexta-feira, 23 de outubro. Na oportunidade, foi detalhada também a pesquisa feita pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) sobre o retorno das atividades presenciais nas escolas.
A pandemia do coronavírus (Covid-19) mudou a rotina de todo o país e do mundo, transformando a forma de atuação e trabalho dos diversos setores municipais. Para se ter um panorama de como está o pensamento dos gestores com relação ao retorno das aulas, a CNM promoveu uma pesquisa com prefeitos e secretários de educação, conforme destacou o consultor da CNM Eduardo Stranz. “Em 30 dias conseguimos quase quatro mil respostas de prefeitos que responderam ao questionário, dando um bom panorama da situação de cada Estado e no cenário nacional. Foi um processo conjunto. Temos de agradecer aos gestores que, no meio da confusão toda, tiveram a paciência para responder os questionamentos”, completou.
Os apontamentos indicados pelos gestores municipais mostram um cenário de incertezas e insegurança, como reforçou a consultora da CNM Selma Maquiné. “O processo de aprendizagem vai iniciar de um ponto ainda desconhecido. O cenário vai ser completamente diferente de março de 2020. Vamos estar vivendo um novo, que não sei se vai estar dentro da normalidade. A aprendizagem está sendo afetada, isso é fato. Nada substitui na educação básica o trabalho direto do professor com seus alunos”, citou a consultora.
Além da aferição de temperatura, testagem de professores e profissionais educacionais e mudanças na elaboração da merenda escolar, por exemplo, os gestores terão como desafios também a promoção de mudanças no ambiente escolar. “A modificação, além de ter um certo tempo que ocorra, tem um custo elevado. E tem o outro lado que são os pais com receio de levar as crianças para a escola. Ou seja, tem uma série de ingredientes que levam os gestores a pensar duas vezes em reabrir as escolas”, reforçou Stranz.
Plano de Retorno
Entre as ações que devem acontecer num cenário para o próximo ano está o do retorno gradual dos alunos, possivelmente em forma de rodízio com atividades presenciais e em casa. Para tanto, os Municípios precisam elaborar um plano de retorno. A pesquisa, segundo Selma, mostra que o sistema híbrido - que une atividades dentro e fora da escola - é uma alternativa que veio para ficar, reforçando a preocupação das escolas com as novas formas de ensinar, já que existem diversas formas de aprender.
Para a consultora, os Municípios precisam começar a se planejar desde agora para um retorno das aulas, possivelmente, em janeiro ou fevereiro de 2021. Tudo isso, para garantir a recepção de alunos nas condições de seguranças necessárias. “A retomada das aulas extrapola a questão educacional. Requer que sentem juntos educação, saúde, defesa civil e assistência social para elaborar os planos e ver de que forma se dará o melhor e mais seguro retorno. Até mesmo no transporte escolar exigirá uma nova medida a ser adotada, já que o aluno vai ter que ter a temperatura aferida antes de entrar no ônibus ou na van para ir para a escola”, finalizou.
O levantamento realizado pela CNM encontra-se disponível no site da entidade. Também no portal, os gestores têm acesso a todo conteúdo técnico elaborado pela equipe técnica da entidade com o objetivo de auxiliar a administração municipal diante do cenário de pandemia.
Confira como foi o Bate-Papo com a CNM:
Por: Lívia Villela
Da Agência CNM de Notícias
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