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16/07/2021
Bate-Papo apresenta passo a passo para a realização das Conferências Municipais em Assistência Social
Com o objetivo de orientar os gestores municipais sobre as Conferências Municipais em Assistência Social (CMAS), a Confederação Nacional de Municípios (CNM) promoveu uma série de transmissões sobre a temática. A última delas aconteceu nesta sexta-feira, 16 de julho, quando o Bate-Papo com a CNM apresentou os documentos básicos para a realização dos eventos.
A consultora em Assistência Social da CNM, Rosângela Ribeiro, resumiu as duas lives iniciais. A primeira foi uma Roda de Conhecimento, que buscou auxiliar os gestores a organizar as Conferências em tempos de pandemia. A segunda transmissão foi de um Bate-Papo com a CNM, que apresentou os eixos norteadores para a realização das CMAS.
Já nesta terceira transmissão, a consultora ressaltou que a pandemia da Covid-19 mudou as formas de realização dos eventos, por isso, a gestão municipal passou de executor da política pública para se engajar no planejamento e na busca de diálogos com as demais áreas da administração local. “Quando percebemos que é possível realizar as conferências, o nosso próximo passo é mostrar o que fazemos na prática. Essas três transmissões vão ser a base para desenvolver qualquer processo conferencial”, disse, reforçando que a CNM publicou a Nota Técnica 18/2021 com diversas orientações.
Boa Prática
Para que ficasse ainda mais visível a possibilidade de realização das conferências, o Bate-Papo abordou a experiência vivida pelo Município de Janaúba (MG). O conselheiro municipal de Assistência Social do Município, Rodrigo de Freitas Castro, reforçou que o contexto de pandemia foi, inicialmente, um dificultador para a realização do evento, especialmente porque no Estado, de acordo com cada cor de faixa, há uma limitação na realização dos eventos. “Não tínhamos como mensurar quanto tempo poderíamos fazer uma conferência e em qual formato. A partir disso, o conselho decidiu fazer um evento híbrido, respeitando todos os procedimentos”, disse.
Além disso, o Município promoveu oito pré-conferências para conferir como a política de assistência social está na localidade, visitando principalmente as comunidades rurais. “Como estratégia, usamos dentro do Conselho a inscrição das entidades que participam do processo de política de assistência social. Entramos em contato com eles pedindo que nos ajudassem a mobilizar a sociedade e fazer este trabalho. Visitamos oito espaços, respeitando o distanciamento e as medidas sanitárias, e conversamos com a comunidade para prepará-los para a conferência”, completou.
As discussões possibilitaram os gestores a observarem questões importantes que vieram com a pandemia, ao distanciar os direitos sociais. “Nós tivemos equipamentos públicos sem trabalhos presenciais, como os serviços de convivência e fortalecimento de vínculos. O distanciamento fez com que as pessoas se tornassem esquecidas, especialmente em relação aos direitos. Então, eles sentiram falta e aproveitamos para explicar como funcionaria a nossa conferência”, reforçou Rodrigo.
A importância do investimento em comunicação foi um dos pontos reforçados pela consultora da CNM. Durante a apresentação do passo a passo e dos documentos necessários, Rosângela destacou a referência do trabalho, que é o território e a realidade local. “Intensa mobilização, investimento de trabalho para trazer os usuários para dentro da conferência. A primeira coisa que trazemos para reflexão é desapegar da estrutura de conferência que tínhamos no outro contexto, visto que ele mudou. O que vocês conseguirem de participação é incrível”, finalizou.
Roda de conhecimento debate conferências de assistência social; organização em tempos de pandemia
Confira como foi o Bate-Papo com a CNM:
Por: Lívia Villela
Da Agência CNM de Notícias