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24/11/2015
Balanço do governo indica elevado crescimento de microcefalia em recém-nascidos
Um balanço do governo federal indica crescimento de 85% nos casos notificados de bebês com microcefalia no País, em apenas uma semana. O relatório feito a partir de informações enviadas pelas Secretarias Estaduais de Saúde soma 739 notificações em pelo menos 160 Municípios de nove Estados. A doença – que causa a malformação do crânio e pode trazer sequelas graves ao desenvolvimento da criança – foi identificada na região Nordeste, principalmente, mas demostra atingir outras localidades.
A microcefalia leva os bebês a nascerem com o perímetro da cabeça menor do que a média, que é acima de 34 cm. A epidemia foi maior em Pernambuco, que teve 487 registros, até o momento. Porém a também foi constada na Paraíba, com 96 registros; em Sergipe com 54 casos; no Rio Grande do Norte, com 47 diagnóstico; no Piauí com 27 ocorrências; e em Alagoas com 10 notificações. Os outros Estados registram menos de dez casos, são eles: Ceará com nove registros; Bahia com oito e Goiás com um caso.
Os dados do balanço divulgado pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira, 24 de novembro, informa que uma morte de recém-nascido com o diagnóstico no Rio Grande do Norte está sendo investigada. Também foi informado que outras cinco mortes podem ter relação com o quadro.
Vírus
A infecção pelo vírus zika, identificado no Brasil no primeiro semestre deste ano e transmitido pelo mesmo mosquito da dengue, é apontada como a principal hipótese para o aumento de casos de microcefalia no país. Três motivos são apontados como principais: a coincidência temporal entre o aparecimento da doença e o posterior surgimento de casos da anomalia em recém-nascidos; a presença de sintomas de zika durante a gestação, como manchas vermelhas na pele; e a infecção dos fetos pelo vírus, conforme resultados de exames no líquido amniótico de duas gestantes.
Novo balanço do Ministério da Saúde amplia para 18 o número de Estados com registros de circulação do zika. Na semana passada, eram 14. Entram na lista Amazonas, Espírito Santo, Rondônia e Tocantins. Em meio ao avanço dos registros, o governo estuda ampliar o uso de medidas de combate ao mosquito transmissor da dengue, chikungunya, zika vírus, o Aedes Aegypti.
Agência CNM, com informações da Agência Estado
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