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26/03/2010
Aumento de casos da dengue no RS preocupa gestores
CNM
Municípios do Rio Grande do Sul estão em alerta com o aumento no número de casos de dengue no Estado. De acordo com levantamento da Secretaria de Saúde do RS, foram registrados, até o dia 24 de março, 2.910 casos da doença. Um crescimento de 8.000 % se comparado ao mesmo período de 2009.
Do total de pessoas picadas pelo mosquito transmissor da dengue, 82 foram infectadas em outro território – são chamados casos importados – e 252 foram picadas dentro do Rio Grande do Sul – casos autóctones. Os outros registros estão sobre investigação em laboratórios.
O que chama a atenção nos dados da Secretaria é que, apenas o Município de Ijuí possui 82% dos casos registrados. Segundo a coordenadora de vigilância epidemiológica de Ijuí, Ana Dala Nora, até o fechamento desta reportagem, há 2.438 infectados pela dengue no Município. Em seguida estão Santa Rosa, com 85 casos, e Santo Ângelo, com 83.
Ana explicou que o Município organizou um posto exclusivo para o atendimento aos pacientes com dengue. Além disto, houve capacitação dos profissionais de saúde para assistência diferenciada. “Nós não estávamos acostumados com a dengue. Nunca tínhamos tido tantos casos. Até fevereiro deste ano, não tínhamos registrado nenhum”, conta.
Na questão da prevenção, Ijuí trabalha para que a população se conscientize e evite a proliferação do mosquito. “Nosso maior problema é o lixo doméstico. Um exemplo é aquela tampinha de garrafa no fundo do quintal, isso é hoje o maior foco do mosquito”, acusa a coordenadora.
Sazonalidade e recomendações
A dengue é uma doença sazonal e conforme dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan - Net), no Rio Grande do Sul a frequência de casos é maior nos meses de março e abril. O aumento no número de casos neste Estado, geralmente inicia em novembro e vai até maio. Portanto, é importante que os gestores tenham mais atenção nesta época do ano e invistam em campanhas de prevenção.
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) recomenda algumas medidas:
• Manter a população informada e envolvida nas ações de controle;
• Desenvolver ações de educação em saúde para a população;
• Capacitar os profissionais de saúde para o atendimento aos suspeitos;
• Definir as unidades de atendimento e o fluxo do paciente;
• Registro e investigação dos casos e
• Manter sob controle a infestação por Aedes aegypti.