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28/12/2015
Aumento de 276% nas notificações de dengue, vacina e enfrentamento são destaques nos últimos dias do ano
Até novembro, os casos notificados de dengue no país foram 276% a mais do que em todo ano anterior – o que indica três vezes mais registros. O último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde contabilizou 1.534.932 notificações da doença até o mês passado, e durante todo o ano 2014 a pasta apontou 555.462 casos suspeitos em todo o território nacional. Números que preocupam a Confederação Nacional de Munícipios (CNM), uma vez que a previsão para próximo ano é de cenário ainda pior.
Por região, o Sudeste obteve a maior número de casos prováveis – 63,6% do total e 975.505 notificações. As regiões Nordeste e Centro-Oeste seguem nas próximas colocações do ranking com 18,2% e 12,9% e o número de casos foram 278.945 e 198.555, respectivamente. Por fim o Sul e Norte tiveram 3,4% e 2% do total e registraram 51.784 e 30.143 notificações até novembro de 2015.
Apesar da população brasileira estar consciente, que a dengue é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, nem todos sabem que a doença é infecciosa, causada por arbovírus e com quatro classificações em sorotipos diferentes de vírus: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. O principal vetor de transmissão que é o mosquito, se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais e as epidemias geralmente ocorrem no verão, durante ou imediatamente após períodos chuvosos.
Sintomas
Febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos e dores nas costas são sintomas comuns do dengue clássico que iniciam de maneira súbita. Também podem aparecer manchas vermelhas no corpo e a febre pode permanecer por cinco dias, com melhora progressiva dos sintomas em 10 dias. Há registros ainda de casos hemorrágicos, ou seja, sangramentos discretos na boca, na urina ou no nariz – e raramente ocorrem outras complicações.
Além de ações para eliminação do mosquito e campanhas educativas de prevenção, a CNM informa que a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nesta segunda-feira, 28 de dezembro, a decisão de publicar no Diário Oficial da União (DOU) a autorização para comercialização da primeira vacina contra a dengue no país. A vacina da multinacional francesa Sanofi Pasteur deve estar disponível para venda em três meses. O laboratório desenvolveu a vacina a partir do vírus atenuado da dengue para ser eficaz contra os quatro tipos existentes da doença.
Vacina
Mesmo com a possibilidade de ter as vacinas no mercado nacional em um futuro próximo, a CNM alerta que é necessária a intensificação das ações de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti. Além disso, a entidade municipalista nacional lembra do complicador causado pelos impactos dos fenômenos naturais, como chuvas, inundações e alagamentos e destaca que combater a proliferação do mosquito é uma responsabilidade social e governamental.
Para auxiliar os gestores municipais no cumprimento de suas obrigações, a Confederação desenvolveu uma cartilha. Com linguagem de fácil sentimento e exemplos de ações, o material está disponível para acesso no formato digital. Outra iniciativa da CNM foi lançar um hotsite, vinculado ao portal da entidade, com todas as informações e orientações para mobilizar no combate ao mosquito.
Acesse a cartilha aqui e o site aqui