Notícias
16/01/2013
Após quatro anos, sistema de rastreamento de remédios, previsto em lei, ainda não funciona
A Lei 11.903/2009 prevê que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) implante o Sistema Federal de Controle de Medicamento (SNCM), para que todos os remédios produzidos no país possam ser rastreados da fábrica ao consumidor. Sancionada há quatro anos, a lei ainda não está funcionando na prática, apesar do prazo estabelecido prazo de três anos, após a sanção, para total implantação do sistema.
Segundo a lei, cada embalagem de remédio deverá ter uma identificação exclusiva, um número individual. A identificação servirá para o controle na produção, venda, dispensação e prescrição médica, odontológica e veterinária. O objetivo é evitar sonegação fiscal, falsificação e roubo de cargas.
A Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) informa que não houve avanços sobre o tema. A entidade destaca que a rastreabilidade dos medicamentos será o fim da sonegação, da falsificação, do desvio, do roubo e demais fraudes cometidas na área. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 30% dos remédios usados em países da América Latina, no Sudeste da Ásia e na África são falsificados.
A Anvisa informou ter proposto, em 2011, um selo de segurança, que seria fabricado pela Casa da Moeda, e usado nas caixas de remédio. Na ocasião, porém, a indústria de medicamentos alegou que o selo aumentaria os custos de produção, e a ideia foi abandonada, de acordo com a agência reguladora. Em dezembro de 2011, a agência aprovou diretriz para uso da tecnologia chamada Datamatrix no rastreamento, espécie de código de barras bidimensional, sem prazo para ser implantada.
Agência CNM, com informações da Agência Brasil