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18/06/2018
Ações nas fronteiras e com imigrantes pretendem reduzir transmissão de doenças
A reintrodução de doenças já eliminadas, como sarampo, rubéola e poliomielite, gerou um alerta não só para a população e autoridades brasileiras, como para outros quatro países do Mercosul: Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile. Com o intuito de reduzir a transmissão, foram assinados, na sexta-feira, 15 de junho, três acordos, em que estão previstas ações de saúde e vigilância, com foco nas regiões de fronteira e nos imigrantes.
Estados e Municípios estão recebendo nota informativa do Ministério da Saúde para reforçar a vacinação da poliomielite. Recentemente, identificou-se um caso da doença na Venezuela e as nações que compõe o bloco definiram, no acordo, que uma das metas é alcançar e manter a cobertura vacinal contra a doença superior a 95%.
Paralelamente à vigilância epidemiológica, serão atualizados os planos de resposta a surtos da doença, conforme as necessidades de cada região. O Ministério também adiantou que, em agosto deste ano, ocorrerá a campanha de vacinação nacional contra pólio.
Sarampo e rubéola
Com a confirmação de que 11 países das Américas registraram casos de sarampo, incluindo o Brasil, o acordo do Mercosul ratifica ações de controle de sarampo e rubéola. “Além da vacinação na fronteira, estamos montando um sistema de informação e gerenciamento na área epidemiológica e de vacinação para que Estados e Municípios possam receber todo o suporte do Ministério da Saúde, mantendo o fornecimento de vacinas e outros produtos de saúde”, explicou o secretário de Vigilância em Saúde, Osnei Okumoto. O representante da pasta destacou que as ações estão ocorrendo, principalmente, nos Estados do Norte, onde há grande migração de venezuelanos.
Priorizar as medidas de saúde nas fronteiras não foi uma decisão só brasileira. Por meio da integração da Vigilância e a Informação em Saúde; Redes e Serviços de Saúde; Desenvolvimento dos Recursos Humanos para a Saúde e a abordagem dos Determinantes Sociais mediante a articulação intersetorial, os países concordaram que o controle nessas regiões é indispensável para garantir a saúde da população sul-americana.
Os Estados partes se comprometeram, portanto, a fortalecer as políticas sanitárias nacionais e regionais, as estruturas e as estratégias do Sistema de Vigilância da Saúde Pública, além de estabelecer mecanismos de cooperação entre os países. A ideia é que sejam compartilhadas experiências na implementação de intervenções de saúde voltadas à população migrante.
Com informações da Agência Saúde