Notícias
15/03/2016
Ação adotada por Município cearense faz zerar foco do Aedes nos últimos seis meses
Enquanto autoridades buscam medidas que possam reduzir os números alarmantes de focos do Aedes aegypti em todo o país, uma cidade cearense encontrou a solução para zerar,nos últimos seis meses, a identificação do mosquito na cidade. A ação adotada pelo Município de Pedra Branca, localizado no sertão central do Ceará, foi baseada no incentivo à piscicultura e à iniciativas conjuntas com a população e os órgãos de Saúde do Ente.
O projeto implementado na cidade deu tão certo que o índice que avalia a presença do mosquito no Município tem se mantido abaixo de 0,5% há mais de dez anos. A ação despertou a atenção da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) que deve fazer uma visita à cidade nos próximos dias. A experiência também deve servir de modelo em outros Municípios.
Um dos destaques do conjunto de ações locais é a aplicação de um método natural. No lugar de larvicida, foi priorizado a criação da "piaba-rabo-de-fogo". O peixe de aproximadamente 5 cm foi colocado em caixas e reservatórios de água dos moradores da cidade. A espécie é capaz de comer até 150 larvas do mosquito por dia.
Adaptação
Para a utilização do peixe em reservatórios de água na cidade, foi preciso que o Município construísse antes oito tanques com água e cloro. A intenção é fazer com que a espécie passe por um período de adaptação, que dura um pouco mais de uma semana após a captação do peixe em rios e açudes da região. Se esse estágio não for feito, a piaba morre.
Outro fator avaliado pelo Município como importante para zerar o foco de mosquito no Município foi a manutenção de políticas públicas voltadas para o combate ao mosquito. O investimento na continuidade das ações são consideradas fundamentais na cidade há várias gestões.
Visitas
A periodicidade de visitas dos agente de endemias também é destaque em Pedra Branca. Enquanto em outras cidades a frequência é a cada dois meses, no Município é mensal. Se for descoberto focos em algum ponto da região, o local é isolado em um raio de até 100 metros.
Depois disso, O Município realiza um verdadeiro mutirão de limpeza de casas, ruas e terrenos baldios. A população da cidade também contribui tampando os reservatórios de água com uso de gesso para não deixar brecha para o mosquito.
Agência CNM, com informações da Aprece e do Diário do Nordeste