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21/01/2016

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230 casos de microcefalia relacionados ao Zika foram confirmados

01122015_microcefalia_governo_rjCom 3.893 notificações de casos suspeitos de microcefalia causada pelo vírus Zika, apenas 230 foram confirmados até agora. O Boletim epidemiológico divulgado na quarta-feira, 20 de janeiro, mostra que as notificações foram registradas em 764 Municípios de 21 unidades da federação.

Desde outubro do ano passado a notificação de microcefalia pelo sistema de saúde é obrigatória, em função do aumento inesperado da ocorrência da malformação devido ao vírus Zika. Nas duas primeiras semanas de 2016 foram notificados 728 casos suspeitos de microcefalia.

Foram registradas também 49 mortes pela malformação congênita, e destas, seis tiveram confirmada a relação com o vírus Zika. O boletim traz o resultado da investigação laboratorial do sexto caso, um bebê com microcefalia em Minas Gerais, que teve a relação com o zika diagnosticada em laboratório.

Diferente interpretação
De acordo com o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, os sistemas de saúde dos Estados estavam interpretando de forma diferente o protocolo para registro dos casos. Por isso, houve problemas para a confirmação.

Para melhorar a interpretação, foi atualizado um protocolo para unificar os dados. "Nos próximos boletins talvez possamos falar com mais segurança dos casos confirmados e descartados", disse o diretor.

Notificação
Segundo Maierovitch, o ministério estuda alterar a metodologia de notificação. Atualmente, é usado o método sentinela, pelo qual alguns casos de uma região são comprovados laboratorialmente e os seguintes por diagnóstico clínico. Os serviços de saúde não são obrigados a registrar todos os casos da doença uma vez que a capacidade de diagnóstico é baixa e, 80% dos infectados não apresentam sintomas.

A capacidade atual dos laboratórios é de aproximadamente mil diagnósticos de zika por mês. A expectativa é que nos próximos meses a capacidade chegue a 20 mil. Maierovitch disse que, mesmo que o método de registro continue sendo o sentinela, a representatividade com esta nova capacidade de notificação via laboratório estará mais próxima da realidade.

Da Agência CNM, com informação da Agência Brasil

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